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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Centenário de Vinicius de Moraes



       Neste ano de 2013 Vinícius de Moraes faz seus 100° ano.

 Vinícius de Moraes foi um diplomatadramaturgojornalista,poeta e compositor brasileiro.
    Poeta essencialmente lírico, também conhecido como "poetinha"[6], apelido que lhe teria atribuído Tom Jobim[7], notabilizou-se pelos seussonetos. Conhecido como um boêmio inveterado, fumante e apreciador do uísque, era também conhecido por ser um grande conquistador.[8] O poetinha casou-se por nove vezes ao longo de sua vida e suas esposas foram, respectivamente: Beatriz Azevedo de Melo, Regina Pederneiras, Lila Bôscoli, Maria Lúcia Proença, Nelita de Abreu, Cristina Gurjão, Gesse Gessy, Marta Rodrigues Santamaria (a Martita) e Gilda de Queirós Mattoso.[8]
Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. No campo musical, o poetinha teve como principais parceiros Tom Jobim,ToquinhoBaden PowellJoão GilbertoChico Buarque e Carlos Lyra.

Vinicius de Moraes nasceu em 1913 no bairro da Gávea, no Rio de Janeiro, filho de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, funcionário da Prefeitura, poeta e violinista amador, e Lídia Cruz, pianista amadora. Vinícius é o segundo de quatro filhos, Lygia (1911), Laetitia (1916) e Helius (1918).[8] Mudou-se com a família para o bairro de Botafogoem 1916, onde iniciou os seus estudos na Escola Primária Afrânio Peixoto, onde já demonstrava interesse em escrever poesias.[9] Em 1922, a sua mãe adoeceu e a família de Vinicius mudou-se para a Ilha do Governador, ele e sua irmã Lygia permanecendo com o avô, em Botafogo, para terminar o curso primário.[10]
Vinicius de Moraes ingressou em 1924 no Colégio Santo Inácio, de padres jesuítas, onde passou a cantar no coral e começou a montar pequenas peças de teatro. Três anos mais tarde, tornou-se amigo dos irmãos Haroldo e Paulo Tapajós, com quem começou a fazer suas primeiras composições e a se apresentar em festas de amigos.[11] Em 1929, concluiu o ginásio e no ano seguinte, ingressou na Faculdade de Direito do Catete, hoje integrada à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Na chamada "Faculdade do Catete", conheceu e tornou-se amigo doromancista Otavio Faria, que o incentivou na vocação literária. Vinicius de Moraes graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais em 1933.[8]
Três anos depois, obteve o emprego de censor cinematográfico junto ao Ministério da Educação e Saúde. Dois anos mais tarde, Vinicius de Moraes ganhou uma bolsa do Conselho Britânico para estudar língua e literatura inglesas na Universidade de Oxford. Em 1941, retornou ao Brasil empregando-se como crítico de cinema no jornal "A Manhã".[12] Tornou-se também colaborador da revista "Clima" e empregou-se no Instituto dos Bancários.
No ano seguinte, foi reprovado em seu primeiro concurso para o Ministério das Relações Exteriores (MRE). Em 1943, concorreu novamente e desta vez foi aprovado.[12] Em 1946, assumiu o primeiro posto diplomático como vice-cônsul em Los Angeles. Com a morte do pai, em 1950, Vinicius de Moraes retornou ao Brasil. Nos anos 1950, Vinicius atuou no campo diplomático emParis e em Roma, onde costumava realizar animados encontros na casa do escritor Sérgio Buarque de Holanda.
No final de 1968 foi afastado da carreira diplomática tendo sido aposentado compulsoriamente pelo Ato Institucional Número Cinco
O poeta estava em Portugal, a dar uma série de espectáculos, alguns com Chico Buarque e Nara Leão, quando o regime militar emitiu o AI-5. O motivo apontado para o afastamento foi o seu comportamento boêmio que o impedia de cumprir as suas funções. Vinícius foi anistiado (post-mortem)pela Justiça em 1998. A Câmara dos Deputados brasileira aprovou em Fevereiro de 2010 a promoção póstuma do poeta ao cargo de "ministro de primeira classe" do Ministério dos Negócios Estrangeiros - o equivalente a embaixador, que é o cargo mais alto da carreira diplomática. A lei foi publicada no Diário Oficial do dia 22 de junho de 2010 e recebeu o número 12.265.[13]



Vinicius de Moraes com Pierre Seghers.
Vinicius começou a se tornar prestigiado com sua peça de teatro "Orfeu da Conceição", em 25 de setembro de 1956. Além da diplomacia, do teatro e dos livros, sua carreira musical começou a deslanchar em meados da década de 1950 - época em que conheceu Tom Jobim (um de seus grandes parceiros) -, quando diversas de suas composições foram gravadas por inúmeros artistas.[12] Na década seguinte, Vinicius de Moraes viveu um período áureo na MPB, no qual foram gravadas cerca de 60 composições de sua autoria. Foram firmadas parcerias com compositores como Baden PowellCarlos Lyra e Francis Hime.
Na década de 1970, já consagrado e com um novo parceiro, o violonista Toquinho, Vinicius seguiu lançando álbuns e livros de grande sucesso.

Morte

Na madrugada de 9 de julho de 1980 Vinicius de Moraes começou a se sentir mal na banheira da casa onde morava, na Gávea, vindo a falecer pouco depois. O poeta passara o dia anterior com o parceiro e amigo Toquinho, com quem planejava os últimos detalhes do volume 2 do álbum "Arca de Noé". Em 1981, este LP foi lançado.
Mesmo após a morte, a obra musical de Vinicius manteve-se prestigiada na música brasileira. Foram lançados os álbuns Toquinho, Vinicius e Maria Creuza - O Grande Encontro (1988) e A História dos Shows Inesquecíveis - Poeta, Moça e Violão: Vinicius, Clara e Toquinho (1991), além de terem sido lançados livros sobre o poeta, como Vinicius de Moraes - Livro de Letras (1993), de José CastelloVinicius de Moraes (1995), também de José Castello"Vinicius de Moraes" (1997), de Geraldo Carneiro (uma edição ampliada do livro publicado em 1984). Ainda em 1993, Almir Chediak editou os três volumes do Songbook Vinicius de Moraes.
 


Por ocasião dos vinte anos da morte do poeta, em 2000, a Praia de Ipanema foi o palco de um show em homenagem a Vinicius, que contou com a participação da Orquestra Sinfônica Brasileira,Roberto MenescalWanda SáZimbo TrioOs CariocasEmílio Santiago e Toquinho, interpretando composições de sua autoria.
Em 2003, ano em que o poeta completaria seu 90º aniversário, foram lançados vários projetos em tributo à sua criação artística. Também foi lançado o website oficial de Vinicius.
Em 2005 "The Girl from Ipanema", versão em inglês de "Garota de Ipanema", interpretada por Astrud Gilberto, Tom Jobim, João Gilberto e Stan Getz e gravada em 1963, foi escolhida como uma das 50 grandes obras musicais da Humanidade pela Biblioteca do Congresso Americano. Ainda em 2005, estreou, na abertura da sétima edição do Festival do Rio, o documentário Vinicius, dirigido por Miguel Faria Jr. e produzido por Suzana de Moraes, filha do poeta, com a participação de Chico Buarque, Carlos Lyra, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Adriana CalcanhotoMariana de Moraes e Olívia Byington, entre outros convidados. A trilha sonora do filme foi lançada em CD.
Em 2006 foi lançada a caixa "Vinicius de Moraes & Amigos", com cinco álbuns do poetinha, contendo 70 canções compiladas de fonogramas gravados por vários intérpretes e pelo próprio Vinicius (solo ou em dueto. A caixa incluiu ainda um livreto com a biografia do homenageado e as letras de todas as canções.
Em 2011 a escola Império Serrano falou sobre ele com o enredo : "A Benção, Vinicius".

Obras

1° Poesias

  • O Caminho para a Distância (1933)
  • Forma e Exegese (1935)
  • Ariana, a Mulher (1936)
  • Novos Poemas (1938)
  • Cinco Elegias (1943)
  • Poemas, Sonetos e Baladas (1946), também conhecido como O Encontro do Cotidiano (1968)
  • Pátria Minha (1949)
  • Antologia Poética (1954)
  • Livro de Sonetos (1957)
  • Novos Poemas (II) (1959)
  • Para Viver um Grande Amor (Crônicas e Poemas) (1962)
  • A Arca de Noé; Poemas Infantis (1970)
  • Poesia Completa e Prosa (1998)
  • As vinte moedas (1998)

2° Teatro

  • "As Feras"
  • "Cordélia e o Peregrino"
  • "Orfeu da Conceição"
  • "Procura-se uma Rosa"
  • As doze bailarinas
  • Como ser Bode


3° Todas as cançõe de Vinicius

  • A oca
  • A uma mulher
  • Amei tanto
  • Canção de nós dois
  • Cântico
  • Cem por dentro
  • Dia da criação
  • Hendulu
  • Medo de amar
  • Melancia e coco verde
  • O desespero da piedade
  • O falso mendigo
  • Poema dos olhos da amada
  • Quarto soneto de meditação
  • Samba de Gesse
  • Serenata do adeus
  • Sob o trópico de Câncer
  • Soneto a K. Mansfield
  • Soneto da intimidade
  • Teleco-teco
  • Ternura
  • Tomara
  • Valsa de Eurídice
  • A casa





Se não entendeu pela escriat ta ai um video é bom de entender ;D.

 

 

Se quiser visite a págia oficial de Vinicius de Moraes.


Fontes: 
Wikipédia - Click para ir...
Clck para ir...(Obras de Vinicius de Moraes) 
Youtube click para ir... 

Algumas Poesias de Vinícius de Moraes.

Poesias:


A estrelinha polar

Escreveu no Oceano Atlântico, a bordo do Highland Patriot, a caminho da Inglaterra.


De repente o mar fosforesceu, o navio ficou silente
O firmamento lactesceu todo em poluções vibrantes de astros
E a Estrelinha Polar fez um pipi de prata no atlântico penico.

A mulher na noite

Escreveu no Rio de Janeiro


Eu fiquei imóvel e no escuro tu vieste. 
A chuva batia nas vidraças e escorria nas calhas - vinhas andando e eu não te via 
Contudo a volúpia entrou em mim e ulcerou a treva nos meus olhos. 
Eu estava imóvel - tu caminhavas para mim como um pinheiro erguido 
E de repente, não sei, me vi acorrentado no descampado, no meio de insetos 
E as formigas me passeavam pelo corpo úmido. 
Do teu corpo balouçante saíam cobras que se eriçavam sobre o meu peito 
E muito ao longe me parecia ouvir uivos de lobas. 
E então a aragem começou a descer e me arrepiou os nervos 
E os insetos se ocultavam nos meus ouvidos e zunzunavam sobre os meus lábios. 
Eu queria me levantar porque grandes reses me lambiam o rosto 
E cabras cheirando forte urinavam sobre as minhas pernas. 
Uma angústia de morte começou a se apossar do meu ser 
As formigas iam e vinham, os insetos procriavam e zumbiam do meu desespero 
E eu comecei a sufocar sob a rês que me lambia. 
Nesse momento as cobras apertaram o meu pescoço 
E a chuva despejou sobre mim torrentes amargas. 

Eu me levantei e comecei a chegar, me parecia vir de longe 
E não havia mais vida na minha frente.

A porta

Eu sou feita de madeira
Madeira, matéria morta
Mas não há coisa no mundo
Mais viva do que uma porta.

Eu abro devagarinho
Pra passar o menininho
Eu abro bem com cuidado
Pra passar o namorado
Eu abro bem prazenteira
Pra passar a cozinheira
Eu abro de supetão
Pra passar o capitão.

Só não abro pra essa gente
Que diz (a mim bem me importa...)
Que se uma pessoa é burra
É burra como uma porta.

Eu sou muito inteligente!
Eu fecho a frente da casa
Fecho a frente do quartel
Fecho tudo nesse mundo
Só vivo aberta no céu!

A morte de meu carneirinho

Não teve flores
Não teve velas
Não teve missa
Caixão também…
Foi enterrado
Junto à maré
Por operários
Mesmos do trem…

A flor do orvalho
Pendeu da nuvem
E pelo chão
Despetalou…
O céu ergueu
A hóstia do sol
E o mar em ondas
Se ajoelhou…

Cortejo lindo
Maior não houve
Desse amiguinho:
Iam vestidas
Com a lã das nuvens
Todas as almas
Dos carneirinhos!

Os gaturamos
Trinaram hinos
No altar esplêndido
Da madrugada;
E o vento brando
Desfeito em rimas
Foi badalando
Pelas estradas!



Muito bom não acha?

Agora Letras de suas Músicas.


A arca de Noé

Vinicius de Moraes , Toquinho , Ernst Nahle

Sete em cores, de repente
O arco-íris se desata
Na água límpida e contente
Do ribeirinho da mata.

O sol, ao véu transparente
Da chuva de ouro e de prata
Resplandece resplendente
No céu, no chão, na cascata.

E abre-se a porta da Arca
De par em par: surgem francas
A alegria e as barbas brancas
Do prudente patriarca

Noé, o inventor da uva
E que, por justo e temente
Jeová, clementemente
Salvou da praga da chuva.

Tão verde se alteia a serra
Pelas planuras vizinhas
Que diz Noé: "Boa terra
Para plantar minhas vinhas!"

E sai levando a família
A ver; enquanto, em bonança
Colorida maravilha
Brilha o arco da aliança.

Ora vai, na porta aberta
De repente, vacilante
Surge lenta, longa e incerta
Uma tromba de elefante.

E logo após, no buraco
De uma janela, aparece
Uma cara de macaco
Que espia e desaparece.

Enquanto, entre as altas vigas
Das janelinhas do sótão
Duas girafas amigas
De fora as cabeças botam.

Grita uma arara, e se escuta
De dentro um miado e um zurro
Late um cachorro em disputa
Com um gato, escouceia um burro.

A Arca desconjuntada
Parece que vai ruir
Aos pulos da bicharada
Toda querendo sair.

Vai! Não vai! Quem vai primeiro?
As aves, por mais espertas
Saem voando ligeiro
Pelas janelas abertas.

Enquanto, em grande atropelo
Junto à porta de saída
Lutam os bichos de pêlo
Pela terra prometida.

"Os bosques são todos meus!"
Ruge soberbo o leão
"Também sou filho de Deus!"
Um protesta; e o tigre - "Não!"

Afinal, e não sem custo
Em longa fila, aos casais
Uns com raiva, outros com susto
Vão saindo os animais.

Os maiores vêm à frente
Trazendo a cabeça erguida
E os fracos, humildemente
Vêm atrás, como na vida.

Conduzidos por Noé
Ei-los em terra benquista
Que passam, passam até
Onde a vista não avista.

Na serra o arco-íris se esvai...
E... desde que houve essa história
Quando o véu da noite cai
Na terra, e os astros em glória

Enchem o céu de seus caprichos
É doce ouvir na calada
A fala mansa dos bichos
Na terra repovoada.


Água de beber

Vinicius de Moraes , Antonio Carlos Jobim










Eu quis amar mas tive medo
E quis salvar meu coração
Mas o amor sabe um segredo
O medo pode matar o seu coração

Água de beber
Água de beber, camará
Água de beber
Água de beber, camará

Eu nunca fiz coisa tão certa
Entrei pra escola do perdão
A minha casa vive aberta
Abri todas as portas do coração

Água de beber
Água de beber, camará
Água de beber
Água de beber, camará

Eu sempre tive uma certeza
Que só me deu desilusão
É que o amor é uma tristeza
Muita mágoa demais para um coração

Água de beber
Água de beber, camará
Água de beber
Água de beber, camará


Fontes: 

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